Cidade portuária, – Valpo, para os íntimos -, lembra Salvador com suas enormes ladeiras e ascensores que ligam a cidade baixa à alta. Os ascensores equivalem aos planos inclinados de Salvador, só que os de lá são de madeira e bem precários. Minha amiga disse que parece um parque de diversões enferrujado. Você nunca sabe o que vai acontecer. Hahahahaha
Na parte baixa temos que ter cuidado, pois acontecem muitos assaltos e, cá para nós, achei essa parte da cidade bem sujinha e mal cuidada. Sendo assim, preferimos nos manter na parte alta da cidade, onde concentram-se os hotéis, bares e restaurantes bacanas, mas também caros.
Chegamos mortas de fome, pois já era umas 13:30 e só tínhamos tomado o café da manhã, então o jeito era procurar algo pelas redondezas. O dono do hostel, muito gentil nos avisou que os preços na parte alta eram bem elevados e que na parte baixa da cidade encontraríamos preços mais justos. O problema é que a fome não olha para o bolso e assim acabamos escolhendo um restaurante bem ao lado do Cerro Concepcion, o Café Turri Restaurante.
Devo admitir que além da fome escolhemos o restaurante pela vista, pois nada melhor do que comer olhando para o mar.Olha só a vista da mesa que conseguimos na parte externa;
Os preços em Santiago e Valpo equivalem a bons restaurantes de São Paulo ou Salvador (média de R$ 60,00 o prato principal), o que encarece uma viagem longa, caso decidam comer em pelo menos um lugar bacana por dia. Mas acho melhor não comentar sobre preços agora, fiquem apenas com a vista.
Comida
Considerando que estávamos em uma cidade portuária a escolha do prato fica mais simples: Frutos do Mar ou Peixe. Eu escolhi um sashimi de atum fresco e minha amiga um peixe branco grelhado com salada (ela não lembra o tipo de peixe, mas ambos estavam excelentes!)
Para acompanhar um chopp da Stella Artois de 500 ml. Não foi exagero meu, só tinha esse de 500 ml mesmo, além de outras opções de cervejas importadas e nacionais, mas esse foi o melhor custo benefício, se é que dá para falar nisso. Rs Minha amiga preferiu pedir um copo de vinho da casa.
Atendimento: ficamos chateadas com um dos garçons embora os outros tenham sido muito simpáticos. Logo ao chegar perguntei qual a especialidade da casa, mas como ele falou muito rápido não conseguimos acompanhar. Quando pedi para ele repetir, ele me disse impacientemente que “todos os pratos eram especialidades da casa”. Resultado: NADA DE PROPINA (gorjeta) para ele. Deixamos claro para o outro garçom o motivo pelo qual não estávamos pagando a propina e que nada tinha a ver com ele. Fiquei com pena, pois o outro foi tão gentil.
Fim do primeiro round, fomos dar mais uma volta pela cidade, conhecer La Sebastiana (Casa de Pablo Neruda em Valpo), o Museu a Céu Aberto e uma voltinha pelas ruas de casas coloridas.
2º round
Banho tomado e ânimo retomado, partimos para conhecer a noite de Valparaiso. Confesso que esperava que fosse mais movimentada, mas, por outro lado, observamos que haviam poucos turistas hospedados por lá. Muita gente faz bate e volta de Santiago para conhecer a cidade e, considerando por aqui o sol de põe lá pelas 20:30, dá para fazer isso com folga, desde que garanta com antecedência sua passagem de volta (orientação das guias de turismo da rodoviária).
Na nossa saída da noite, procuramos lugares interessantes e nos deparamos com um bar de tapas próximo ao hostel: o Taulat. Ambiente moderno e aconchegante com atendimento de primeira. Ficamos olhando o que as outras mesas pediram, pois ao olhar o cardápio tudo parecia muito bom e ficamos cheias de dúvidas.
Para abrir os trabalhos estreamos no Pisco Sour. Os chilenos e peruanos brigam pela patente da bebida, mas para mim não interessa quem inventou, o que interessa é que é muito bom!
E foi olhando as mesas vizinhas que escolhemos a nossa primeira tapa: chipirones (pequenas lulas) na chapa, com purê rústico de batata.
Esperamos o prato quase terminar para pedir o próximo petisco, pois tem o tempo de preparação e queríamos comer ele quente. A escolha tinha sido o atum semicrudo, pedaços de atum numa base de rúcula, virutas de parmesão e salsa de soya-sesamo. Até então parecia uma ótima opção, quando vimos passar para a mesa do lado o petisco com polvo. Nossos olhinhos brilharam e ali mesmo, novamente copiando uma mesa vizinha, resolvemos pedir o polvo.
Servido sobre finas fatias de batata, o polvo é temperado com páprica e azeite. A textura estava maravilhosa e o sabor muy exquisito! (Calma, esse é só um trocadilho!) É assim saímos encantadas pelo restaurante e trabalhando nosso espanhol. Acho que até o final da viagem vou sair fluente. Hahahahaha!
Inté
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